domingo, 29 de abril de 2012

Quais as qualidades de um bom líder?

Hoje em dia a falta de pessoas que poderiam ser referencial de honestidade, bondade e moral é um fenômeno que atinge tanto a sociedade quanto a igreja.  Pois a maioria das lideranças da vida publica e da vida religiosa sofrem de uma doença crônica que parece esta na base de nossa cultura do “jeitinho brasileiro.”
Esse jeitinho brasileiro pode ser percebido na dicotomia da vida de lideres políticos e espirituais que não tem escrúpulo quando o negocio é enganar e manipular. Isso é inaceitável tanto numa esfera quanto na outra. Porem na primeira, a esfera política os pilantras roubam, engana, manipulam, pois sabem que a justiça dos homens além de tardar também falha! Na segunda esfera, que é do espiritual acontece a mesma coisa, os lideres das igrejas roubam, mentem, manipulam, todavia a diferença esta na aplicação da justiça, pois estes serão julgados por Deus e, sua justiça pode até tardar, porém nunca falha! Às vezes ouço alguém criticar um político por sua falta de honestidade, ética  etc, porém outras defendem estes mesmos políticos argumentando que eles “roubam mas fazem”, são desonestos mas asfaltaram as ruas, votam em projetos que beneficiam a comunidade, por isso podem até enganar com tanto que também façam algo de bom para a população, é válido roubar, enganar e mentir. Essa é a dicotomia que eu tinha falado no começo de nosso dialogo o qual a pessoa pode ser desonesta numa coisa e honesta em outra sem contradição, pelo menos aqui!  E o pior é, que esse jeitinho brasileiro de ser também penetrou na igreja, ou melhor, foi aperfeiçoado por ela, principalmente pelos lideres-pastores. Sei que isso não se aplica a todos os pastores (as), mas me atrevo a dizer que uma grande porcentagem desses se enquadram nessa descrição.

Todos sabemos que a falta de tais qualidades como, honestidade, verdade, moral não deveriam fazer parte das lideranças evangélicas, mas infelizmente é o que mais se vê. Quero agora, porém descrever de acordo com um texto da Escritura, três qualidades de um bom pastor! 

I PEDRO 5: 1-3

1 Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:

2 Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade;

3 nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.



Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força...

Em outras traduções a palavra “por força”, pode ser também por constrangimento, ou melhor, por obrigação.

O apóstolo Pedro escreveu sua epistola para os cristãos que estavam dispersos no mundo de seu tempo por causa da destruição do templo em Jerusalém pelo general romano Tito em 70 d.c.
No capitulo 5 dessa epistola ele começa a exortar a liderança dando algumas orientações para o bom andamento da igreja.
E a primeira coisa que ele exorta aos “presbíteros” que  aqui é o mesmo que pastores, é que eles possam pastorear o rebanho sem “constrangimento”, não por força ou obrigação!  Hoje em dia muitos pastores (as) só tem o titulo, mas não são o que dizem ser, são um simulacro-pastoral, tem aparência sem conteúdo, não gostam de apascentar as ovelhas, só gostam do status que este titulo lhe traz.  Me parece que Pedro tinha o mesmo problema com algumas pessoas que achavam que tinham de apascentar por força ou obrigação, pois algumas pessoas querem o titulo de pastor (ra), porém sem ter que cumpri-lo, pois a idéia bíblica de pastor (ra) é que ele tem que apascentar e não ficar inventando coisas só para não ter que lidar com os problemas das pessoas. Elas exercem o pastorado mais por obrigação ao titulo do que voluntariamente, pois queriam o titulo não para fazer o que Cristo pediu para Pedro, mas para ter proeminência sobre as ovelhas, você conhece ou conheceu pastores assim? Eu já!

Desta forma a primeira qualidade que um bom líder-pastor deve possuir é ser voluntario, deliberado no que faz, faz por entender sua responsabilidade e não fica passando na cara das pessoas o que faz por elas, esperando elogios e bajulações. Ser voluntario neste sentido é ter a consciência de ter sido chamado por Cristo para exercer uma liderança baseada no amor, porque quem ama não obriga e nem é obrigado a fazer nada, pois pastores que apascentam por obrigação faz todo mundo também trabalhar na igreja de forma obrigatória, conhece alguns pastores assim? Eu conheço. O pastoreado para eles é um peso, por isso todos os que estão debaixo desse julgo sentem o mesmo, tudo o que fazem, fazem debaixo de uma tremenda pressão de cobrança por parte da liderança, porque os mesmos se sentem obrigados.

Você que esta na igreja deve observar se o líder apascenta por força, por constrangimento ou por obrigatoriedade. Observe se quando alguém da igreja esta enfermo, se ele, o pastor (ra), vai visitar o doente por obrigação ou por amor a ovelha, pois a ovelha doente na concepção de tais lideres não pode produzir lã, nem leite e nem carne, ou melhor dízimo e oferta e, por isso eles não tem tempo há perder com quem não lhes dá lucro para sustentar seus luxos e caprichos.

Servir voluntariamente, ser voluntario é a primeira qualidade de um bom líder-pastor! Seja um observador de seu líder e veja se ele realmente é o que diz ser, faça como os crentes de Beréia fizeram com o apostolo Paulo. Atos 17:11

11 Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.

Você tem tudo para ser um nobre discípulo de Cristo se for prudente e examinar a conduta dos lideres para ver se vivem de acordo com o que dizem. Não se deixem enganar, o padrão é Cristo e a Escritura sagrada! O que passa disto é invenção humana que será usada pelo diabo.
A primeira coisa que Pedro diz para os lideres é que eles deveriam apascentar o rebanho não por força, mas sim voluntariamente. A segunda coisa é não apascentar por sórdida ganância (buscando meramente o lucro), mas sim de boa vontade. Quero dizer que a segunda qualidade é dependente da primeira, só quem faz a obra de Deus voluntariamente pode fazê-la de boa vontade e isso também é verdade com o inverso, pois só quem faz de boa vontade, faz voluntariamente!
Boa vontade é a segunda qualidade que Pedro indica aos lideres se quiserem fazer as coisas de acordo com Cristo. Pois Ele se deu, se ofertou em sacrifício de forma voluntaria, Ele mesmo afirmou que ninguém toma sua vida, mas que Ele a dá em prol do amor do Pai e pelos pecadores.

Para que fique acentuada essa qualidade é preciso falar da sua antítese que é apascentar por sórdida ganância. Essa má qualidade é bem conhecida de nós hoje em dia, pois o que não tem faltado é líder-pastor que se tornaram lobos vorazes por dinheiro, status e poder. Quando um líder-pastor não apascentar por voluntariedade, então o faz por obrigação e como tudo o que é obrigado deve ter um lucro, deve-se ganhar, uma recompensa, pois só assim valerá a pena ser obrigado a fazer, vai ter resultados lucrativos, então vale a pena apascentar, mão por Deus em beneficio das ovelhas, mas por si e em beneficio de si mesmos. Se você conhece lideres assim não é mera coincidência é fato e, contra fatos não há argumentação falsa!
Tais lideres gostam de falar muito sobre dinheiro, sobre como prosperar, porém o mais engraçado é que eles dizem aos seus ouvintes como eles devem fazer para prosperar e eles mesmos  que prosperam, pois a lógica da coisa é que se alguém descobriu a formula de ganhar dinheiro, de prosperar não iria vender essa formula, ou iria? Penso que não!
No entanto os meios que esses lideres usam para enganar são multiformes. Campanhas, shows, desafios, a oferta é muito grande, pois a demanda também o é. O pior de tudo isso é que tem gente que gosta dessas coisas, a indústria das promessas funciona porque as pessoas querem que funcione, porque o povo gosta de mitos, ilusões. São pastores que gostam de usar as escrituras de acordo com suas intenções ao ponto de trazerem de volta maldições que Cristo já havia tirado dos que crêem, pois Malaquias 3:8-10 é maior do que Cristo para tais lideres-pastores, só observar suas pregações de dizimo e oferta e, o pior é que após essas euniões agente não sabe se saimos e um culto ou da noite do terror do playceter!

Pastoreai a igreja que Deus te permitiu ser responsável não por torpe ganância, mas de boa vontade, isto só é possível quando se esta com a vontade de Deus instalada no coração. A boa vontade em Cristo é o lucro, pois grande é o lucro que trás a piedade em Deus.  Boa vontade é uma palavra que não existe no glossário dos pastores-cananeus. Porque só conhecem a vontade de si mesmo. Suas pregações de dizimo e ofertas são prolongadas e tem mais valor do que a palavra que exorta, consola e edifica. Iludem os membros com falsos moveres que eles dizem ser do espírito santo, fazem as pessoas caírem no misticismo para depois lançarem as iscas. Estes foram bem treinados os místicos do neo-pentecostalismo. Em Suas reuniões tem de tudo, eles caem no espírito, só não se sabe em que espírito, boa vontade e não vontade pervertida, uma vontade inspirada por Cristo em contra partida  a auto-vontade humana. Este é o conselho de Deus para todos nós, apascentar sem lucrar, sem querer aparecer, sem status, nem poder, mas sim de boa vontade. E também como a primeira e segunda qualidades estão intrinsecamente ligadas, a terceira também esta.

A terceira qualidade é não apascentar como ditadores, mas como exemplo do rebanho. Pastores ditadores, personalistas só o que existe nas igrejas evangélicas.
É fácil conhecer o caminho de pastores ditadores, estes apascentam por obrigação e por isso esperam obter lucro e a única forma de permanecerem lucrando é manipulando as pessoas. Pastores ditadores são aqueles que gostam da posição que ocupam e sabem muito bem como tirar vantagem dessa posição. São excelentes chefes, pois uma das característica de uma pessoa que é chefão e não um bom líder. É que elas sabem muito bem como mandar as pessoas fazerem as coisas mais elas mesmas não fazem. Querem que os outras vão orar na igreja, mas elas ficam em casa assistindo televisão. Mandam os membros fazem evangelismo, mas eles não fazem nada, sempre com a desculpa de que já pagaram o preço. Estes pastores são como os fariseus que Jesus censurou dizendo;
MATEUS 23


1 Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo:
2 Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus.
3 Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam.
4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5 Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios,

Estes pastores trabalham por meio da teologia do medo, da teologia do terror, ninguém pode sair, pois se sair eles lançam maldições, se parar de dizimar eles mandam o devorador pegar a pessoa, porque o devorador é como um bicho de estimação, este lhes obedece. Pregam a lei pro outros, mas eles mesmos estão livres dela. Gostam de ser elogiados por seus escravos-discipulos, pois estes aprendem desde cedo a bajulação ao líder e chamam de honra. Eles desonram a Deus com a maior cara de pau, mas querem ser honrados pelos homens, sem saberem que aquilo que é exaltado entre os homens é abominável para Deus. Os pastores ditadores de hoje não usam mais filacterios, porque na verdade saíram de moda, hoje eles usam roupas de grife, sandálias e botas de grife, enquanto pessoas passam fome, eles e elas esbanjam como reis e princesas. Gostam de falar de justiça, porém só a que lhes convém, acham que Deus é cúmplice deles. Eles amaldiçoam por meio do divino, quem não concordar com eles ai destes, pois eles têm o poder de contratar Deus para que este desça sua mão de ira sobre estes, pelos é como eles pensam. A palavra diz, não como ditadores, mas como exemplo, exemplo, quem quer liderar deve primeiramente dá o exemplo, ficar em casa enquanto os outros estão evangelizando não é exemplo, moldar a igreja ao seu bel prazer, dominar a esposa ou dominar o esposo e ainda ensinar tal doutina aos membros da igreja não exemplo é imposição. O pior é que um povo que é liderado por um líder-pastor ditatorial, absolutista acaba ficando opressor também com os familiares, com os amigos, porque tendem a reproduzir a ditadura que sofrem, parecem mais que estão indo em um tipo de exercito do na igreja. Tais lideres tem a ultima palavra, pois jamais aceitam ser contrariadas e todos ao seu redor concordam com eles, não porque estão certos, mas porque temem discordar deles, mesmo discordando na mente e no coração, mentem com a boca. Enfim devemos apascentar o rebanho de Deus não como tirano e tirana, como chefes que mandam, mas nada fazem. Porque mesmo disse que aquele que quisesse ser líder entre o rebanho deveria servir a todos os outros. Eu pergunto se você vê isso no seu líder? Eu já andei por algumas igrejas e o que vi foi muita exploração dos lideres em relação a membresia, pois estes querem ser tratados como reis, eles ao invés de servir querem ser servidos, sem perceber que estão indo na contra-mão do que Jesus ensinou;

Mateus 20:25-28
25 Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles.
26 Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva;
27 e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;
28 assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Numa palavra, é melhor servir do que ser servido, pelo menos segundo Cristo.
Isto é o que os lideres-pastores devem aprender, deixar de aterrorizar os membros, trata-los como gente igual a eles e não querer que sua igreja local torne-se seu campo de concentração particular, seu gueto, sua senzala! Temos que aprender a apascentar sem ser ditatorial, mas como exemplo do rebanho, para que quando o Sumo pastor-lider se manifestar possa nos dar a coroa imperecivel da gloria!!

terça-feira, 24 de abril de 2012


Narciso, Freud, Nietzsche, Adão e a Imagem.
 
MARCOS NICOLINI
 
Na Grécia antiga, 700 antes de Cristo, a moral era repassada e aculturada, a partir de contos mitológicos sobre seus deuses, que viviam no Monte Olimpo, e seres meio humanos meio divinos, retratando valores sociais e culturais daquele povo.
Um destes contos é sobre Narciso, um jovem belíssimo que jamais havia visto a sua própria face. Certo dia estando ele num bosque, após um dia inteiro de caça, cansado, sedento e com calor, viu uma fonte de águas claras, em meio à relva e abrigada do sol por estar próximo às rochas, e logo se aproximou, a fim de banhar-se em suas águas. Ao se debruçar para beber, logo viu uma bela criatura que o contemplava de dentro da fonte. Toda vez que Narciso sorria para tal criatura, ela também lhe sorria; ao acenar para ela, prontamente também lhe acenava. Mas, quando ele tentava abraçá-la, ela desaparecia. Narciso desejava que a criatura saísse da água e viesse a seu encontro, mas como ela se recusava a sair, Narciso mergulhou no lago, indo até às profundezas à procura de tão bela criatura que fugia dele, morrendo afogado nesta tentativa. Narciso morreu de amor por sua própria imagem.
Hoje chamamos de narcisista aqueles que cultuam sua própria pessoa, que sobre-valorizam a sua própria imagem e se acham absolutamente belos, quer esteticamente, quer moralmente.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, certa vez disse que toda ciência não passa de um mito. O mesmo Freud propôs em sua teoria da psicanálise que os seres humanos são regidos por dois instintos básicos: os instintos de vida, que servem ao propósito da sobrevivência e da propagação racial, onde, a fome, a sede e o sexo se enquadram; e os instintos de morte, ou destrutivos, e ele supunha especificamente que a pessoa tinha um desejo inconsciente de morrer, o que o levou a formular seu famoso ditado: “a meta de toda vida é a morte”.
Nenhum pensamento contemporâneo reflete mais o instinto e morte do que o niilismo (embora este tipo de mentalidade tenha sido aprimorado no Século XIX). O niilismo tem como mote o viver para o nada e negar a vida, designando uma espécie de homem que nega os valores, é ateu e ressentido. Em Nietzsche, o filósofo alemão, o niilismo ganha um contorno mais amplo, negando os valores metafísicos e ontológicos, assim como declarando, pela voz de um bêbado, que o Deus cristão está morto! Morrendo Deus o homem deve bastar-se em si mesmo, vivendo um tempo de desespero até que se levante um sobre-homem (übermench), um ser sobre-humano que tenha força de caráter baseado em sua própria imagem idealizada. O niilismo, portanto, tal como Nietzsche o concebe, não consiste apenas na desvalorização dos valores supremos aceitos, pois a ruína desses valores torna urgente a criação de novos valores que os substituam. O niilismo seria a característica desse estágio intermediário, entre o crepúsculo dos deuses antigos e o anúncio do mundo novo, feito à imagem e semelhança do homem.
O homem feito à imagem e semelhança do homem, assassinando seu Criador.
Mitos à parte, houve um homem, na história da humanidade, que determinou o instinto de morte em todos os demais que depois dele vieram, que olhou para o espelho de sua própria alma e amou-se a tal ponto que disse em seu coração: “Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”. Em outras palavras: “para que Deus, pois posso eu mesmo conhecer o bem e o mal e neste meu discernimento sou supra-suficiente para estabelecer os fundamentos de minha existência, independente do Criador?”
Adão, o homem que amou-se mais do que a amou a Deus e com isto morreu em seu devaneio de conhecer-se a si mesmo, sem Deus. O homem que olhou para seu próprio potencial e capacidades e nesta intenção de auto-suficiência, produziu a morte freudiana e niilista. O Narciso (Adão) que se amou, e nesta paixão tresloucada por si, na busca de si mesmo, no aprofundamento de sua busca infernal, sucumbe enlouquecido e desesperançado. A morte do ser e da busca do ser conhecido no Supremo.
Adão olha para o espelho e se vê, e em vendo esta tão bela imagem de si mesmo, concebe a idéia de que pela dialética do bem e do mal, poderá ir até as profundezas de si mesmo e lá encontrar sua real imagem, e por ela obter sua própria superação: o ser sobre-humano. Pelas suas teses e antíteses obter conhecimento e verdade sobre o Ser e o não ser, o ontológico e o perceptível, o espírito e a carne.
Narciso, que é Adão, em sua viagem vê esvair suas forças e encontra a morte, não de Deus, mas de si mesmo; nem sempre a morte física da fome, da miséria, da violência, da guerra, da tortura, mas a morte da solidão, da angústia, da desesperança, do stress, da exclusão, da loucura, da ignorância, do individualismo, da moral irracional, da culpa, do fracasso, da desilusão, da religião vazia, da forma sem conteúdo, do desamor, da falta de perdão...Seu amor egocêntrico não o permitiu olhar para o espelho do seu espírito e ver lá a presença da vida, que geme no desejo de absorver o mortal.
O Narciso, que é o Adão, olha para o espelho de sua alma e contempla sua própria natureza, contemplando um abismo vazio e sem imagem (Tiago 1: 23 e 24), mas o que olha para o espelho do espírito, e pela fé contempla seu Senhor, este vê refletido a imagem (II Coríntios 3: 18) daquele por cuja Palavra tudo foi feito e pela qual todas as coisas são sustentadas. Este homem vê-se, não super-homem, mas na estatura de ser perfeito (Efésios 4: 13), pois o que vê, em vez de sua imagem, vê a imagem do Filho de Deus, a essência do Ser, criador.

Ser Nu

MARCOS NICOLINI



O ser nu se vê nu, está nu, relaciona-se nu e não se percebe nu.
O homem Adão nu e a gênese do homem vestido, escondido, simulado, enrustido, pervertido, moralizado, separado, hierarquizado, deformado.
Vamos nos propor a, hereticamente, ler Adão não sob a égide do cronos – dos segundos, minutos, horas, dias, séculos, etc -, do homem criado e colocado na história, antes vamos transgredir e lê-lo metaforicamente a partir do kairos, do tempo que não é tempo: que foi amanhã, será ontem e é hoje.
Esqueçamo-nos das defesas cosmológicas e teológicas: o eterno conflito ente Caim e Abel. Sejamos infantis, ingênuos e criativos, e apenas leiamos a palavra Adão como se esta fosse sinônimo de gente, de homem, de mulher, de ser humano atemporal, de todo tempo e de tempo nenhum. Falemos dele não como um ícone de nossa defesa de tese científica, filosófica ou teológica, mas como uma metáfora que se repete em cada um de nós: Adão; ou simplesmente: a metáfora do homem nu.
Este Adão criado nu e posto na terra; a terra que tão pouco, nesta metáfora, é um planeta, mas, transcrevendo Pierre Levy* “a Terra não é outra coisa senão o mundo de significações que, no paleolítico, desabrocha na linguagem, nos processos técnicos e nas instituições sociais...a Terra não é o solo originário, nem o tempo das origens, mas o espaço-tempo imemorial cuja origem não se pode designar, o espaço que sempre existiu da espécie, que contém e de onde transborda o início, o desdobramento e o futuro do mundo humano. A Terra não é um planeta, sequer a biosfera, mas um cosmos em que os humanos estão em comunicação com os animais, as plantas, as paisagens, os lugares e os espíritos. A Terra é esse espaço onde os homens, as pedras, os vegetais, os bichos...encontram-se, falam-se, misturam-se e separam-se para se reconstruir perpetuamente...sobre a Terra tudo é real, tudo é presente, e a visão obtida no transe, a palavra inspirada...Sobre a grande Terra nômade, o sonho e o despertar certamente não se confundem, mas sustentam-se, interpenetram-se e alimentam-se um ao outro. Os animais vivem num nicho ecológico. O humano imediatamente ultrapassa todo nicho, humano vive sobre uma Terra que ele elabora e re-elabora constantemente em suas linguagens...a humanidade é a espécie devotada à Terra, ao cosmos dos animais e das plantas que falam, a espécie devotada ao "caosmos" das metamorfoses...a revolução neolítica evidentemente não suprimiu a grande Terra nômade e selvagem, o jardim imemorial. O inconsciente é uma péssima palavra para traduzir essa permanência da Terra, pois ela nos fala de uma pequena esfera empobrecida, individual, familiar, de onde o cosmos foi excluído. A grande Terra cósmica está sempre aí, ressoando muito longe sob nossos passos, sob o cimento dos territórios, sob os signos irrisórios do espetáculo. Atravessando as fronteiras das identidades, o coro da Terra canta ainda a sua louca canção de sonho e de vida, o canto que sustenta a existência do mundo.”
Adão está nu sobre a terra: sabe-se nu, mas não se percebe nu. Ele está nu diante de Deus, de Eva, da criação; de seu espelho. Diante de si está nu, mas o que é estar nu, ou vestido, não é diferenciado em si, em sua mente. Não indaga, não cogita, simplesmente ele não está nu: é nu.
Não há insegurança, vergonha, ocultamento, distinção, repartição, proteção. Não há roupas a tirar.
Talvez interpretemos o tempo nu, entendendo o tempo da roupa. A roupa que é o ícone da moral de nosso tempo. É a veste, é o véu, é a separação, a interpretação, a máscara do ser escondido.
A roupa é em si mesmo um símbolo de nossa época, de muitas épocas. A roupa é proteção contra as intempéries: o frio e calor, vento, sol, poeira... Apresenta-se como um agente de segurança e proteção contra as condições externas: as agressões na terra. A armadura medieval-contemporânea, proteção contra os atritos na terra.
A roupa nos insere no cosmos, além da terra. O cosmos herdado, pré-concebido, pré-conceituado, preconceituoso, moral. A roupa nos insere e posiciona na cultura, na sociedade, no tempo e na moda. É o cartão de visita das tribos, dos clusters, dos guetos, das castas, dos nichos, dos bichos...É o veículo da identidade, da linguagem sem som, do diálogo de babel, da embalagem antropomórfica: a indústria da reificação. A chave social.
A roupa da terra, do cosmos, do eu. Que oculta, separa, limita, exclui, deixa-ver-não-deixa-ver. Equipara e distancia. Não se é visto, sendo olhado. Não se é entendido, sendo percebido. Camufla, simula, encena, expressa velando. Limita o olhar ao espaço e à linguagem censurada. É a água do iceberg.
Mas o ser Adão está na terra e no cosmos, entretanto é nu. Está na terra, pois da terra veio, formado do pó da terra, ligado a ela. Está no cosmos, pois interfere na terra com a linguagem, sendo consciente pelo espírito que lhe foi doado, gerando a alma que pensa, e concebe, e critica, e nomeia, e transita em meio às espécies e a besta: a serpente que falseia.
O homem nu é livre; antes é o ser humano nu, pois macho e fêmea os criou. São um, embora dois, sendo nus.
O Adão é livre porque não tem véu: conhece a verdade. Ele é perfeito até que se achou iniqüidade em seu coração, e disse: quero ser Deus, matando Deus da minha existência.
Adão se vê nu, se percebe nu, dá conta de seu estado descoberto e cobre-se.
A experiência do homem nu diante do gato, como nos relata Jacques Derrida**: “freqüentemente me pergunto, para ver, quem sou eu – e quem sou eu no momento em que, surpreendido nu, em silêncio, pelo olhar de um animal...tenho dificuldade, sim, dificuldade de vencer um incômodo...vergonha de quê, e nu diante de quem? Por que se deixar invadir de vergonha? E por que esta vergonha que enrubesce de ter vergonha?...Vergonha de estar nu diante de um animal...Assim, nus sem o saber, os animais não estariam, em verdade, nus. Eles não estariam nus porque eles são nus. Em princípio, excetuando-se os homens, nenhum animal jamais imaginou se vestir. O vestuário seria o próprio do homem...o “vestir-se” seria inseparável de todas as outras figuras do “próprio do homem” (palavra, razão, logos, história, rir, luto, sepultura, dom, etc)...Para o homem...o vestuário corresponde a uma técnica”.
Costurar para esconder a sua nudez percebida: a técnica das técnicas, a primeira técnica. Sempre, até ali, esteve amoralmente nu, quando se vendo nu, moraliza-se cozendo, vestindo-se, escondendo a condição que não percebia. Sua nudez agora é maior, sob a roupa, do que anteriormente sem dar-se conta. Esconder é sua segunda técnica.
Argüido a respeito de sua condição moral sobre o nu que era, ainda oculto e escondido, ele se põe vítima, faz-se irresponsável, acusa e perverte a lógica: “a mulher que Tu me deste...” A lógica do macho, do “machomo” que queria ser Deus, dizendo: “foi culpa Sua, que me deu esta mulher e ela me conduziu ao erro; sou vítima do sistema, sem responsabilidade casual”.
Adão, agora nu, por estar vestido, desenvolve a técnica de fazer roupas, de ocultar-se na terra e perverter a lógica. Sua nudez mortal.
O ser nu, agora vestido, ocultado e pervertido, está desesperançado, dilacerado em sua escolha, sonhando em voltar para um estado que se fecha, num lugar que se desfez, para um Éden proibido. Não há mais o ser despido até que a nudez seja vista novamente sem ser percebida e esta nudez cubra o nu dos que não são nus.
O segundo Adão: a nudez daquele que é. Aquele que é, sendo visto como de fato é: sem véu, sem mistério, sem perversão. Sua nudez está na cruz, sua roupa está no chão, sendo negociada pelos homens nus vestidos, ocultos e pervertidos: “se és Deus, salva-te”.
O Homem nu que ousou dizer: “Eu Sou”, embora tenha se esvaziado do Ser. O Ser nu, que não se ocultou, mas fez-se carne e andou como homem; não acusou, antes substituiu: fez-se nu, para cobrir o nu e trazer dignidade ao ser que não pode mais ser nu. Não veio para desnudar o homem nu, mas trocar-lhe as vestes, lançando fora a folha da parreira e pondo-lhe linho puro e rubro. Não veio restabelecer a condição nua e despida, mas lança-lo na condição nua e revestida.
O homem, o sujeito subjetivo moderno, que vê ser rasgada sua roupa e é lançado à terra desnudo, desvelado numa condição de não controle do desvelamento, tece novas roupas de simulação, se fazendo ele mesmo o próprio véu, reificado em sua condição nua, pós-moderna.
Em sua nudez rejeitada, proibida, imprópria e inacessível, vê sua própria mortalha: o sepulcro caiado. Na nudez que não é sua, mas traz a veste da nudez permitida, vê a vida, a recolocação na esfera do Ser pleno, de ser restaurado. Este homem que está nu, olha para o espelho e vê o Homem que é nu. Ao olhar para a nudez que não mais é sua, e nem de Eva, é vestido para ser livre: livre para ver a verdade.
*Pierre Lévy: O Espaço do Saber, extraído do livro L'Ntelligence Coletive - 1995
**Jacques Derrida: O Animal que sou - 1999

A subversão dos valores humanos


Cristo ao longo de seu ministério subverteu as ordens religiosas e morais vigentes em seu tempo. Ele virou de cabeça para baixo tudo o que era tido como valoroso diante dos homens, mas que para Deus não passava de aparência piedosa vestida de mandamento divino. Os judeus do tempo de Cristo estavam comprometidos com a “religião da figueira”. Como no episodio em que Jesus quando ia para Jerusalém saindo de Betânia Ele teve fome e viu ao longe uma figueira cheia de folhas, então deduziu que ela deveria esta lotada de frutos, pois a figueira produz os frutos antes de florescer sua folhagem, porem Ele não encontrou nada, a figueira era um simulacro, uma simulação religiosa, fingia ter o que realmente não tinha. Assim também eram os escribas e fariseus que viviam de uma aparência piedosa, buscando esconder o vazio interior e sua nudez existencial, mascarados por sua religiosidade a qual negava o Verdadeiro Deus, fazendo de si mesmos seu deus.

Porem esse subterfúgio não foi uma invenção dos religiosos judeus, pois desde o principio da criação do mundo ela, a religião da folha de figueira, manifestou sua face hipócrita. E foi o primeiro homem, Adão quem fez uso desse artifício humano, quando após ter pecado cozeu para si folhas de figueira como veste, querendo assim esconder a nudez de seu corpo e agora de sua alma. A folha de figueira é usada aqui como uma alegoria, uma figura de linguagem, é a representação da mais sublime tentativa humana de se esconder de Deus e, de se alto justificar perante Ele, assim como fez Adão após o pecado, escondendo-se atrás das arvores.

Tomando aqui emprestada um trecho da dogmática do teólogo suíço, Emil Brunner, que afirma:

“A primeira conseqüência da Queda, na historia da Queda, é esta: que o homem tenta se ocultar de Deus. Toda a religião humana fora da revelação particular caracteriza-se por este esforço para se ocultar de Deus; de fato, não apenas toda religião, mas a vida do pecador como um todo traz esta marca”  p. 168


 Sendo assim podemos afirmar que até mesmo as produções cientifica são facetas do fruto do conhecimento do bem e do mal e da religião das folhas de figueira, pois estas praticas não muito diferentes das manifestações religiosas fazem uso das folhas de figueira, porem por meio do fruto do conhecimento do bem e do mal, e o pior é que, estes só não se escondem de Deus, mas pretensiosamente querem tomar o lugar de Deus em justificar a si mesmos como homens-deuses por intermédio de suas razões. Pois para a ciência o conhecimento é a base de toda a verdade, sendo as folhas de figueira sua produção por excelência.
O único problema tanto da veste quanto da mascara fruto das folhas de figueira, sejam estas da religião ou da ciência é, que diante de Deus nada esta oculto, escondido, mas ao contrario, todas as coisas estão patentes, desnudadas, desveladas perante os olhos Daquele que a tudo penetra. Hebreus 4:13.

Por isso Cristo tantas vezes reprovou as atitudes dos escribas e fariseus, que sempre zelavam mais pelas as aparências, do que pelo conteúdo. Suas ações eram feitas com a intenção de trazer os holofotes sobre si e não de glorificarem a Deus.
Hoje em dia esse mesmo espírito, essa mesma cultura das folhas da figueira é dominante em nosso meio. Ela tomou nova cor, nova cara, tem muitos nomes: campanha, sacrifício, evangélico, mas continua sendo um poderoso artifício humano tanto para se esconder de Deus quanto para tomar seu lugar na mente e no coração da humanidade.
É por isso que Cristo sempre exortava seus ouvintes a conhecerem a si mesmos, a partir de dentro e não a partir das externalidades das aparências piedosas, como segue abaixo: Lucas 11:37-41.


Acabando Jesus de falar, um fariseu o convidou para almoçar com ele; e havendo Jesus entrado, reclinou-se à mesa. O fariseu admirou-se, vendo que ele não se lavara antes de almoçar. Ao que o Senhor lhe disse: Ora vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade. Loucos! quem fez o exterior, não fez também o interior? Dai, porém, de esmola o que está dentro do copo e do prato, e eis que todas as coisas vos serão limpas.”

 Podemos até cobrir nossa nudez com as folhas da figueira, mas jamais ocultaremos de Deus a nudez de nossa alma.




A antítese dos valores humanos


O sermão do monte pode de fato nos servir de exemplo para embasar a construção de uma antítese dos valores do mundo, assim como o próprio Cristo proclamou para os religiosos moralistas de sua época a falência inexorável de tais valores humanos perante Deus. Pois Cristo deixou bem claro para eles que tudo aquilo que de alguma forma era tido como possuindo valor para os religiosos, Ele pôs abaixo perante seus ouvintes, como nos mostra o relato de Lucaas;

“vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações: porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é coisa abominável, execrável, repulsiva” Lucas 16:1.

Aquilo que tinha valor para eles, não passava de excremento e latrina para Deus.
Por este motivo Cristo tanto os censurou de forma tão severa, tentando fazer com que eles enxergassem a nudez existencial de suas almas, mas eles estavam cegos para perceberem a desgraça em que se encontravam. Assim é também agora com nossa geração que em sua busca insaciável por felicidade, lucro, status, sucesso e  fama como forma de auto-afirmação pessoal, que tem como conseqüência direta a auto-justificação de seus objetivos hedonistas, onde os fins justificam os meios, não importando o preço a se pagar para alcançar seus anseios egolatras. Infelizmente essa mentalidade esta profundamente arraigada no mundo, tanto quanto nos círculos fechados da igreja evangélica, que na maioria das vezes se pensa impenetrável por esse tipo de influencia, à da religião das folhas de figueira e de seus frutos racionalistas do bem e do mal, mas que na maioria das vezes ela é sua maior consumidora e proliferadora desses valores.

A igreja evangélica, como os fariseus e escribas, tanto come desse fruto como usa as folhas dessa arvore para se cobrir, exemplo disso são, suas campanhas, suas ofertas, seus cultos, seus shows gospel, que na maioria das vezes são usados como forma de autojustifcação e não como serviço abnegado para Deus. Desta forma  isso representa a mais alta rebelião contra Deus, pois auto-justificação é idolatria de si mesmo, porque se põe em pé de igualdade com Deus que é o único capaz de justificar o homem por intermédio da fé em Cristo Jesus. Como o próprio Jesus dizia aos religiosos que se achavam melhores que os demais homens, porque guardavam a lei e cumpriam os mandamentos ao pé da letra condenavam todos os que assim não procediam. Eles se auto-justificavam diante de Deus, isso esta explicito no relato de Lucas 18:9-14.

 “Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, o pecador. Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”

Nessa parábola fica claro para nós a forma como os fariseus faziam uso da lei e da justiça que desta procedia. Eles por guardarem a lei se achavam como juízes de seus semelhantes, os quais não agiam em conformidade com eles. Quero também lhes propor uma comparação, para pensarmos juntos sobre a lei e sua justiça e o fruto do conhecimento do bem e do mal e as folhas da figueira, não como sendo opostos, mas sim como sendo dois lados de uma mesma moeda. Primeiro é necessário dizer que de certa forma, a lei e sua justiça são comparáveis aos rudimentos desse mundo, assim como afirma Paulo na epistola aos Gálatas, e do outro lado o conhecimento do bem e do mal, como base de toda produção humana, e esta nem precisa de defesa, pois qualquer um no meio cristão sabe e concorda com isso.  Sendo assim proponho olharmos para o principio da existência humana.

Na historia da queda podemos observar que a conseqüência imediata desta, após o homem ter comido do fruto do bem e do mal foi a priori um falso conhecimento de si mesmo e, como efeito deste, a posteriori um falso conhecimento de Deus. E, porque primeiro um falso conhecimento do homem e não primeiramente de Deus? Por que a primeira coisa que o homem percebeu após o pecado foi a si mesmo, e percebeu a si mesmo nu. Assim como diz Dietrich Bonhoeffer em sua Ética.
Em lugar de Deus, o ser humano enxerga a si mesmo. “E abriram-lhes os olhos”  O ser humano só pode chegar ao autoconhecimento a partir do conhecimento de Deus. Porém o inverso não é possível, pois a afirmação de que podemos conhecer a Deus, conhecendo a nós mesmos é a raiz de toda a idolatria pretensiosa de ser igual a Deus. Antes da queda o homem tinha sua consciência determinada por Deus, e tudo o que ele sabia, o sabia a partir de Deus. A medida da consciência do homem era Deus, assim como a medida de julgamento do homem também era Deus, mas após o pecado, após ele ter comido do fruto da arvore do bem e do mal, o homem se tornou a medida de si mesmo, o ego agora é o centro do seu ser.  A partir desse momento o ser humano é a única medida de julgamento do que é bom e mal, não perante Deus, mas perante a si memo. Agora a racionalização de si mesmo e de Deus é inevitável.

Vejamos que o primeiro fruto do julgamento humano após a queda foi perceber sua nudez. E ele julgou esta nudez como algo mal, por isso, coseu as folhas de figueira como vestimenta. Este primeiro uso do seu conhecimento do que é bom ou mal segundo seu julgamento, entra em contradição direta com o que Deus julga ser bom ou mal para Ele. Pois Deus criou o homem nu, e este estado estava dentro da categoria do que Deus considerou boa como criação.

E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. Gn 1:31.
Esta é uma afirmação de que tudo o que Ele cria é bom.


  E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam” Gn 2:25
Este é o estado em que o homem foi criado, nu e ainda não achava isso um mal.

Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.     E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás? Respondeu-lhe o homem: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me”.Gn 3:6-10.

Aquilo que Deus dissera que era bom, o homem diz agora que é mal. Aqui começa a contradição da vontade do homem em detrimento da vontade de Deus. Instalou-se a rebelião. O abismo que separa Deus do homem é aberto por este segundo. Sendo que, a partir de agora o homem buscara criar artifícios que lhe possam religar com Deus, mesmo que de forma inconsciente, porém sem sucesso.


No anti-fluxo da cultura legalista

segunda-feira, 23 de abril de 2012

TRABALHO DE PÓS-GRADUAÇÃO

Religiões, Gênero e Feminismo

Lucila Scavone
Por Jose Alves de Oliveira
 Resenha critica
Podemos afirmar que a evasão de fiés femininos da igreja católica que foi constatada a partir das pesquisas feitas pelas instituições (Datafolha 2007 e FGV2007), foi a priori uma consequência das transformações sociais que aconteceram principalmente a partir do final dos anos 1960 em diante. Tais mudanças permitiram as mulheres um lugar na sociedade urbano-industrial, que a muito tempo era de domínio absoluto dos homens. Este lugar que foi o mercado de trabalho, era um espaço restrito a presença masculina herdeira por excelência de uma cultura patriarcal, agora se via lado a lado com a presença feminina. O feminismo impulsionado pelas transformações sociais dadas no espaço de trabalho e, também com a revolução inventiva dos meios contraceptivos que permitira as mulheres optarem por terem ou não filhos, ou seja, quando ter, e quantos ter, decisão que antes estava de certa forma em domínio masculino, agora passa para o domínio feminino que com isso ganham a oportunidade  de reivindicarem cada vez mais seus direitos  tanto na vida privada, quanto na vida publica, mesmo numa sociedade marcadamente hierarquizada e machista.
É importante ressaltar a contradição que começava a ficar evidente, numa sociedade androcentrica em todas as suas estruturas, seja familiar, educacional ou politica. Uma vez que as mulheres haviam conseguido uma vitória  que lhes foi concedida pelas circunstancias históricas, na vida publica, ainda que, em suas vidas privada permaneciam sujeitas a uma cultura patriarcal, herdeira da tradição  católica. Neste ponto a religião católica com seus dogmas sobre o papel do homem e da mulher bem definidos, permanecia sustentando a ideia de subalternidade feminina, sem levar em conta as mudanças sociais que estavam ocorrendo na vida publica. Este posicionamento da igreja católica apenas perpetuava a desigualdade de gênero, tanto nas relações privadas, quantos nas relações publicas. Atuando contra esta posição o movimento feminista, dentro da instituição, como também fora dela, reivindicava o direito as mulheres de terem uma participação efetiva na construção histórico- cultural de suas vidas, pois uma vez que estas são maioria na igreja, haviam demandas a serem supridas; vontades, desejos e necessidades esperando compensação. É exatamente por estas e outras causas que se dará a migração das mulheres católicas para as igrejas pentecostais. Além do mais, uma vez que a igreja também faz parte do contexto social, esta deveria aceitar as consequências das mudanças ocorridas nesta sociedade, a qual ela esta inserida, pelo menos em parte. Pois a religião também é uma construção histórica e sócio-cultural. A pergunta que devemos fazer é, sendo as mulheres a maioria na igreja católica, constituindo assim sua base de sustentação, por que elas não possuem uma expressão de destaque no interior da instituição religiosa?
Outro fato constatado é que sem sombra de duvida as mulheres são mais religiosas que os homens, seja em qual for o seguimento religioso. O que fica claro neste caso é que, a quantidade e a qualidade não são determinantes, pois aqui acontece uma inversão, a maioria se torna exceção, as mulheres, a minoria a regra, os homens. Uma vez que o campo de atuação religiosa ainda permanece androcentrada.
Contudo, segundo a autora alguns avanços foram feitos, pois muitas coisas mudaram enquanto outras permanecem engessadas.
Com os efeitos da globalização que atingiram até mesmo o campo religioso, as ideias feministas se propagaram ao redor do mundo com uma maior rapidez que antes desse fenômeno. As ideias feministas começaram a ganhar visibilidade, e as contestações aconteciam em todos os âmbitos da sociedade, desde o papel da mulher na família até sua posição na instituição religiosa, que mesmo não lhes dando o seu devido valor, ainda sim propiciava um lugar de refugio, certa liberdade para expressar sua religiosidade, suas tristezas, alegrias e anseios. Pois apesar dessas mazelas, as mulheres continuam praticando sua religiosidade, mesmo que o numero dessas fies tenham diminuído na igreja católica, ao mesmo tempo em que este numero cresce na igreja evangélica pentecostal. Numa palavra, as relações de gênero foram e serão abaladas toda vez que for abalada a sociedade, com suas estruturas rígidas de tradição patriarcal. Pois as transformações sociais são dinâmicas e constantes e mesmo que as estruturas religiosas queiram manter seus status quo, suas estruturas sofrerão muitos abalos sísmicos, de todos os epicentros possíveis, sejam quais forem, sócio-cultural, politico-economico.

José Alves de Oliveira

RESENHA

TRÂNSITO RELIGIOSO - DA OBRA DE RICARDO BITUN IGREJA MUNDIAL DO PODER DE DEUS: RUPTURAS E CONTINUIDADES NO CAMPO RELIGIOSO NEOPENTECOSTAL


Resenha sobre o terceiro capítulo intitulado Trânsito Religioso da obra de Ricardo Bitun: Igreja Mundial do Poder de Deus – Rupturas e Continuidades no Campo Religioso Neopentecostal, apresentado à Faculdade Teológica Batista de São Paulo, curso de Pós Graduação, Prof. Marcelo Santos.



São Paulo 2012

O trânsito religioso

De acordo com a primeira parte do texto onde o autor sintetiza os motivos prováveis, que causam o fenômeno do trânsito religioso, podemos observar que, esse trânsito ocorre por causa de uma busca individualizada da parte do fiel em conjunto com o oferecimento por parte das instituições religiosas de bens de consumo simbolicamente religiosos. E este trânsito tem ocorrido com mais intensidade no movimento protestante e, de uma forma mais aguda nos seguimentos pentecostais e neopentecostais, enfaticamente nas três maiores representantes do neopentecostalismo brasileiro, são elas; igreja Mundial do Poder de Deus, igreja Internacional da Graça e Universal do Reino de Deus. Sendo que a igreja Mundial do Poder de Deus nasceu a partir de uma cissiparidade da igreja universal que desde então tem perdido muitos fiéis para a igreja mundial com  sua estratégia mercadológica de oferecer a promessa de cura divina e uma vida de plena prosperidade tanto material quanto espiritual.                                                                                                              A analise desse fenômeno denominado de “trânsito religioso” é feita pelo autor, com base critica no “processo de secularização”, conceito do sociólogo Max Weber, que afirmou que esse processo tomaria o lugar da religião como estrutura ideológica de explicar e conceber o mundo, dando lugar a visão racionalizada da vida, que seria na verdade o desencantamento do mundo. Esse processo de secularização atingiu em cheio o campo religioso, porem não ao ponto de extingui-la, mas sim a forçando a fazer adequações para não conflitar com a modernidade racionalista. Assim a religião foi obrigada a dar novos significados a sua existência e, criar novos símbolos sagrados que pudessem suprir as demandas existentes na vida dos clientes.    Pesquisadores baseados nas categorias Weberianas analisaram em 1960, o crescimento do pentecostalismo ocorrido nas periferias com um “fôlego tímido” do seguimento nestas áreas e, que logo sucumbira à secularização, porem não foi o que aconteceu. Ao contrario, muitos pesquisadores tiveram que voltar atrás em suas analises, tendo que levar mais a serio o crescimento do seguimento pentecostal. Por esta causa há uma disputa de teorias de grupos de pesquisadores que divergem nas opiniões; de um lado um grupo afirma que, o que esta acontecendo é um fenômeno inverso ao processo de secularização, ou seja, um “reencantamento do mundo”, enquanto que do outro lado há o grupo dos que afirmam que a própria “mobilidade religiosa”, ou melhor o “trânsito religioso” só vem confirmar com mais força o “processo de secularização”.                                                                                                               Assim, a despeito das disputas de opinião, o seguimento neopentecostal cresce e decresce, tendo como seu maior expoente atual, a igreja Mundial do Poder de Deus, ao contrario de sucumbir ao racionalismo moderno, faz uso do cientificismo-técnico (mídias), com o objetivo de diversificar as ofertas de bens de consumo religiosos, ao ponto de paradoxalmente, mesmo sem intensão definida, sacralizar o secular e secularizar o sagrado, ao bel prazer de seus clientes religiosos, ou seja, os consumidores do sagrado. O autor quer nos fazer entender que, com o advento da modernidade a ênfase na individualidade se tornou cada vez maior, consequentemente essa individualização também afetou a relação tradicional do fiel com a instituição religiosa, que migrou de um fidelismo religioso para um nomadismo religioso, ou seja, o individuo não tem mais compromisso sério e definido com a instituição religiosa seja ela qual for, porém adere de forma descompromissada a religião que melhor lhe ofereça os bens de consumo, de forma a suprir sua necessidades individuais. Até esse ponto, o que podemos entender que a religião para atender as demandas do homem moderno, incorporou uma logica de mercado, do consumo, reproduzindo em certo grau refletidamente o modelo capitalista da sociedade moderna. O pior disso tudo é que as igrejas citadas no começo do texto incorporaram de tal forma o modelo capitalista, assim como há concorrência e competição das empresas, multinacional e marcas de grife que disputam entre si por consumidores cada vez mais ávidos por seus produtos. Da mesma forma estas igrejas produzem incessantemente bens religiosos com a intenção de angariar cada vez mais o maior numero de consumidores do sagrado.                 Essa produção de bens de consumo religioso leva as mesmas instituições religiosas a uma disputa continua pelos clientes, buscando a hegemonia da produção   simbólico-religiosa. Numa sociedade marcada pela superficialidade em todos os sentidos, troca-se de igreja como se troca de roupa, fenômeno este que segundo os pesquisadores Camurça, Prandi e Pierucci, é característica de uma sociedade de mudanças rápidas, pluralidade cultural e uma acentuada liberdade de expressão, principalmente no que diz respeito a escolha da religião. Bitun nos faz enxergar por meio de testemunhos coletados de fieis da igreja Mundial do Poder de Deus, a acentuação do processo de secularização visivelmente perceptível por meio do trânsito religioso. Fica patente nos testemunhos a individualização da escolha, o livre arbítrio na hora de decidir por qual igreja frequentar, levando sempre em consideração a que melhor suprir as necessidades pessoais. O que também devemos perceber é que numa sociedade desigual, racista, com precário sistema de saúde, adicionado aos sofrimentos físicos, psicológicos e sociais os indivíduos tornam-se vulneráveis aos apelos de lideres como os do bispo Waldomiro, que apela com promessas de solução para todos os problemas, desde a cura divina até uma vida prospera e feliz. A magicizaçao do sagrado juntamente com sua manipulação é comprovada pelos jargões contidos em envelopes de dízimos e ofertas, site, jornais e revistas com as frases do tipo: “dupla honra”, “a força de Deus”, “a mão de Deus esta aqui”, e por ai vai. Segundo Bitun, essas pessoas sucumbem a tais apelos por estarem vivendo em situações limite, sendo  aliciadas, seduzidas pelas promessas de conquista de uma vida melhor. Podemos constatar a partir do texto de Bitun, que o trânsito intra-religioso ocorre com maior intensidade entre as igrejas neopentecostais, pois são estas que competem entre si na produção e manipulação da oferta do sagrado.                                                                    Assim, como é possível observar através dos testemunhos, as pessoas transitam de uma igreja para outra de acordo com suas demandas pessoais, concomitantemente a melhor oferta feita por tais igrejas. Além da livre escolha pela igreja que melhor represente os interesses do individuo, há também a ausência de obrigação, de compromisso para com a igreja, facilitando assim o trânsito de uma igreja a outra sem constrangimento ou culpa. A escolha pela igreja Mundial do Poder de Deus se dá segundo os testemunhos, a partir dos resultados alcançados pelos fieis, mesmo que tais resultados não sejam uma realidade para todos os que frequentam. Porem a estratégia da igreja em usar a mídia televisiva para catapultar os resultados aparente de cura e prosperidade, está  na base do sucesso da igreja, pois tal propaganda atrai a turba sedenta por alivio imediato. Outro fator que contribui para isso é, a ênfase na liderança carismática do Bispo Valdomiro que parece possuir um poder psicossocial tremendo sobre a massa, fazemdo com que muitos se identifiquem com ele e sua indústria de promessas.                                                          A ênfase nos resultados obtidos pela igreja é o carro feche da produção de bens religiosos como a propaganda-mor da igreja. É também o argumento para contrapor todo o fracasso dos fieis em conseguir tais benefícios em outras igrejas, ou até mesmo na instituição governamental. A igreja Mundial não tem a intenção de gerar pessoas compromissadas, convertidas a Cristo, mas sim adeptos dos resultados, dos milagres, da cura divina e das promessas de uma vida feliz. Neste ponto é necessário lembrar que o trânsito religioso acontece em dois níveis: Inter- religioso, que é um trânsito mais amplo que ocorre de uma religião a outra como, budismo para o catolicismo, catolicismo para o umbandismo, umbandismo para o protestantismo, protestantismo para o kardecismo, isto é só um exemplo. Intrareligioso, é um trânsito que ocorre dentro de um mesmo movimento religioso, como por exemplo, o trânsito que acontece nos seguimentos protestantes e, que de forma mais acentuada torna-se visível no seguimento neopentecostal, principalmente nas igrejas, Internacional da Graça, Universal do Reino de Deus, Mundial do poder de Deus, como seus maiores representantes.

A conversão protestante
Conversão X Adesão

Até aqui temos discorrido sobre o trânsito religioso, porem agora vamos descrever as consequências desse fenômeno no que diz respeito a conversão do mundo para Cristo na tradição protestante, em oposição a adesão do individuo que se encontra numa estado doentio tanto de mente, quanto de corpo converte-se a cura prometida, neste caso, pelo líder da igreja Mundial do Poder de Deus Waldomiro, que acaba sendo mais enfatizado do que o próprio Cristo. Tradicionalmente “conversão” no sentido protestante da palavra, é o processo pelo qual o individuo passa a partir do momento em que entra em contato com uma nova “religião”, aceita a “visão de mundo” que a mesma lhe oferece ou lhe impõe, internalizando seu sistema de crença e valores.                        O modelo de conversão protestante acontece num processo de: arrependimento seguido da confissão de pecado, batismo e a agregação à igreja, como membro que deve ter compromisso fiel e duradouro com a mesma e seu senhor. Porém o autor nos alerta sobre a diferença que existe entre conversão, recrutamento e comprometimento, pois segundo Robbins há muita confusão em relação aos temos. Mas para nós a importância desses termos reside na intenção que autor pretende, de contrapor o conceito de conversão historicamente protestante, ao conceito de mera adesão a algum grupo religioso por motivações baseadas em suprir necessidades pessoais. Apesar de que o autor deixa claro que exista uma diferença do conceito de “conversão” do protestante histórico e do protestante pentecostal.                                         Segundo o autor tais diferenciações são importantes para se entender a mudança, a passagem do conceito e pratica da conversão cristã tradicional para o tipo de conversão neopentecostal. Segundo o texto a primeira enfatiza a nova vida com Cristo que é preconizada por uma mudança radical de valores, comportamentos, negação do mundo e, principalmente, compromisso com a igreja. A conversão pentecostal apela por sua vez de forma enfática as emoções, experiências dramáticas que tem como ápice “aceitar a Jesus”.       Enfim, o autor acabou constatando a partir de observações feitas nos cultos da igreja Mundial do Poder de Deus, que o rito da conversão desapareceu. Além desse afastamento da igreja Mundial do Poder de Deus, também a troca na ênfase, que deixa de ser a confissão publica de Cristo e compromisso com a igreja, agora foi totalmente substituída pela oferta, não mas de Jesus, mas sim da cura divina, a busca não é mais pelo Senhor dos milagres, mas pelos meios dos milagres e dos milagreiros em si. Desta forma temos então uma indústria de promessas avida por novos consumidores. Há uma pergunta a se fazer? O trânsito religioso ocorre somente pela oferta de cura divina, ou qualquer outro bem de consumo religioso? O autor responde que não! Pois este trânsito também é fruto de um processo de re-siguinificaçao especifica das crenças religiosas que, assim como quando começamos nosso dialogo sobre o processo de secularização, isto também é em suma a reação das religiões a esse processo, hora rompendo com ele, hora lhe dando continuidade, num processo paradoxal, ou melhor dialético.

A IMPORTÂCIA QUE DEUS DÁ AOS POBRES



Êxodo 30:15 O rico não dará mais de meio siclo, nem o pobre, menos, quando derem a oferta ao SENHOR, para fazerdes expiação pela vossa alma.
  Levítico 14:21 Se for pobre, e as suas posses não lhe permitirem trazer tanto, tomará um cordeiro para oferta pela culpa como oferta movida, para fazer expiação por ele, e a dízima de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta de manjares, e um sextário de azeite,
  Levítico 19:10 Não rebuscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro. Eu sou o SENHOR, vosso Deus./   Levítico 19:15 Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo.
  Levítico 23:22 Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
  Levítico 25:25 Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que seu irmão vendeu.
  Levítico 25:35 Se teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então, sustentá-lo-ás. Como estrangeiro e peregrino ele viverá contigo.
  Levítico 25:39 Também se teu irmão empobrecer, estando ele contigo, e vender-se a ti, não o farás servir como escravo.
  Levítico 25:47 Quando o estrangeiro ou peregrino que está contigo se tornar rico, e teu irmão junto dele empobrecer e vender-se ao estrangeiro, ou peregrino que está contigo, ou a alguém da família do estrangeiro,
Levítico 27:8 Mas, se for mais pobre do que a tua avaliação, então, apresentar-se-á diante do sacerdote, para que este o avalie; segundo o que permitem as posses do que fez o voto, o avaliará o sacerdote.
  Deuteronômio 15:4 para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR, teu Deus, te abençoará abundantemente na terra que te dá por herança, para a possuíres,
  Deuteronômio 15:7 Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o SENHOR, teu Deus, te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as mãos a teu irmão pobre;
  Deuteronômio 15:9 Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado.
  Deuteronômio 15:11 Pois nunca deixará de haver pobres na terra; por isso, eu te ordeno: livremente, abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na tua terra.
  Deuteronômio 24:12 Porém, se for homem pobre, não usarás de noite o seu penhor;
  Deuteronômio 24:14 Não oprimirás o jornaleiro pobre e necessitado, seja ele teu irmão ou estrangeiro que está na tua terra e na tua cidade.
  Deuteronômio 24:15 No seu dia, lhe darás o seu salário, antes do pôr-do-sol, porquanto é pobre, e disso depende a sua vida; para que não clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado.
  Juízes 6:15 E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.
  Salmos 40:17 Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador; não te detenhas, ó Deus meu!
  Salmos 132:15 Abençoarei com abundância o seu mantimento e de pão fartarei os seus pobres.
  Provérbios 13:8 Com as suas riquezas se resgata o homem, mas ao pobre não ocorre ameaça.
  Provérbios 13:18 pobreza e afronta sobrevêm ao que rejeita a instrução, mas o que guarda a repreensão será honrado.
  Provérbios 13:23 A terra virgem dos pobres dá mantimento em abundância, mas a falta de justiça o dissipa.
  Provérbios 14:20 O pobre é odiado até do vizinho, mas o rico tem muitos amigos.
  Provérbios 14:21 O que despreza ao seu vizinho peca, mas o que se compadece dos pobres é feliz.
  Provérbios 14:31 O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.
  Provérbios 17:5 O que escarnece do pobre insulta ao que o criou; o que se alegra da calamidade não ficará impune.
  Provérbios 19:1 Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo.
  Provérbios 19:4 As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa.
  Provérbios 19:7 Se os irmãos do pobre o aborrecem, quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com súplicas, mas não os alcança.
  Provérbios 19:17 Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício.
  Provérbios 19:22 O que torna agradável o homem é a sua misericórdia; o pobre é preferível ao mentiroso.
  Provérbios 20:13 Não ames o sono, para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão.
  Provérbios 21:5 Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
  Provérbios 21:13 O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.
  Provérbios 22:9 O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.
  Provérbios 22:16 O que oprime ao pobre para enriquecer a si ou o que dá ao rico certamente empobrecerá.
  Provérbios 22:22 Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo ao aflito, 
  Provérbios 28:3 O homem pobre que oprime os pobres é como chuva que a tudo arrasta e não deixa trigo.
  Provérbios 28:6 Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico.
  Provérbios 28:8 O que aumenta os seus bens com juros e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre.
  Provérbios 28:11 O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que é sábio sabe sondá-lo.
  Provérbios 28:15 Como leão que ruge e urso que ataca, assim é o perverso que domina sobre um povo pobre.
  Provérbios 28:27 O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado de maldições.
  Provérbios 29:7 Informa-se o justo da causa dos pobres, mas o perverso de nada disso quer saber.
  Provérbios 29:14 O rei que julga os pobres com eqüidade firmará o seu trono para sempre.
  Provérbios 30:8 afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário;
  Provérbios 30:9 para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.
  Provérbios 31:9 Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados.
  Eclesiastes 4:13 Melhor é o jovem pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que já não se deixa admoestar,
  Eclesiastes 4:14 ainda que aquele saia do cárcere para reinar ou nasça pobre no reino deste.
  Eclesiastes 5:8 Se vires em alguma província opressão de pobres e o roubo em lugar do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso; porque o que está alto tem acima de si outro mais alto que o explora, e sobre estes há ainda outros mais elevados que também exploram.
  Eclesiastes 6:8 Pois que vantagem tem o sábio sobre o tolo? Ou o pobre que sabe andar perante os vivos?
  Eclesiastes 9:15 Encontrou-se nela um homem pobre, porém sábio, que a livrou pela sua sabedoria; contudo, ninguém se lembrou mais daquele pobre.
  Eclesiastes 9:16 Então, disse eu: melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas.
  Isaías 3:14 O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa.
  Isaías 3:15 Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? - diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos.
  Isaías 10:2 para negarem justiça aos pobres, para arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!
  Isaías 10:30 Ergue com estrídulo a voz, ó filha de Galim! Ouve, ó Laís! Oh! pobre Anatote!
  Isaías 11:4 mas julgará com justiça os pobres e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.
  Isaías 14:30 Os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; mas farei morrer de fome a tua raiz, e serão destruídos os teus sobreviventes.
  Isaías 25:4 Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro,
  Isaías 26:6 O pé a pisará; os pés dos aflitos, e os passos dos pobres.
  Isaías 29:19 Os mansos terão regozijo sobre regozijo no SENHOR, e os pobres entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.
  Isaías 32:7 Também as armas do fraudulento são más; ele maquina intrigas para arruinar os desvalidos, com palavras falsas, ainda quando a causa do pobre é justa.
  Isaías 58:7 Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?
  Jeremias 2:34 Nas orlas dos teus vestidos se achou também o sangue de pobres e inocentes, não surpreendidos no ato de roubar. Apesar de todas estas coisas,
  Jeremias 5:4 Mas eu pensei: são apenas os pobres que são insensatos, pois não sabem o caminho do SENHOR, o direito do seu Deus.
  Jeremias 39:10 Porém dos mais pobres da terra, que nada tinham, deixou Nebuzaradã, o chefe da guarda, na terra de Judá; e lhes deu vinhas e campos naquele dia.
  Jeremias 40:7 Ouvindo, pois, os capitães dos exércitos que estavam no campo, eles e seus homens, que o rei da Babilônia nomeara governador da terra a Gedalias, filho de Aicão, e que lhe havia confiado os homens, as mulheres, os meninos e os mais pobres da terra que não foram levados ao exílio, para a Babilônia,
  Jeremias 52:15 Dos mais pobres do povo, o mais do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o mais da multidão Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos.
  Jeremias 52:16 Porém dos mais pobres da terra deixou Nebuzaradã, o chefe da guarda, ficar alguns para vinheiros e para lavradores.
  Ezequiel 16:49 Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado.
  Ezequiel 18:12 oprimir ao pobre e necessitado, praticar roubos, não tornar o penhor, levantar os olhos para os ídolos, cometer abominação,
  Ezequiel 18:17 desviar do pobre a mão, não receber usura e juros, fizer os meus juízos e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente, viverá.
  Daniel 4:27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus pecados e em tuas iniqüidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
  Amós 2:7 Suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres e pervertem o caminho dos mansos; um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome.
  Amós 4:1 Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados e dizeis a vosso marido: Dá cá, e bebamos.
  Amós 5:11 Portanto, visto que pisais o pobre e dele exigis tributo de trigo, não habitareis nas casas de pedras lavradas que tendes edificado; nem bebereis do vinho das vides desejáveis que tendes plantado.
  Amós 8:6 para comprarmos os pobres por dinheiro e os necessitados por um par de sandálias e vendermos o refugo do trigo?
  Habacuque 3:14 Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças, os quais, como tempestade, avançam para me destruir; regozijam-se, como se estivessem para devorar o pobre às ocultas.
  Zacarias 7:10 não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo.
  Zacarias 11:7 Apascentai, pois, as ovelhas destinadas para a matança, as pobres ovelhas do rebanho. Tomei para mim duas varas: a uma chamei Graça, e à outra, União; e apascentei as ovelhas.
  Zacarias 11:11 Foi, pois, anulada naquele dia; e as pobres do rebanho, que fizeram caso de mim, reconheceram que isto era palavra do SENHOR.
  Mateus 11:5 os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho.
  Mateus 19:21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
  Mateus 26:9 Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres.
  Mateus 26:11 Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes;
  Marcos 10:21 E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me.
  Marcos 12:42 Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante.
  Marcos 12:43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes.
  Marcos 12:44 Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento.
  Marcos 14:5 Porque este perfume poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E murmuravam contra ela.
  Marcos 14:7 Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes.
  Lucas 4:18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
  Lucas 6:20 Então, olhando ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
  Lucas 7:22 Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho.
  Lucas 14:13 Antes, ao dares um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos;
  Lucas 14:21 Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.
  Lucas 18:22 Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.
  Lucas 19:8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.
  Lucas 21:2 Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas;
  Lucas 21:3 e disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do que todos.
  Lucas 21:4 Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.
  João 12:5 Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?
  João 12:6 Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.
  João 12:8 porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
  João 13:29 Pois, como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa ou lhe ordenara que desse alguma coisa aos pobres.
  Romanos 15:26 Porque aprouve à Macedônia e à Acaia levantar uma coleta em benefício dos pobres dentre os santos que vivem em Jerusalém.
  I Coríntios 13:3 E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.
  II Coríntios 6:10 entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo.
  II Coríntios 8:2 porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
  II Coríntios 8:9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
  II Coríntios 9:9 como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
  Gálatas 2:10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.
  Gálatas 4:9 mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?
  Filipenses 4:11 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
  Tiago 2:2 Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso,
  Tiago 2:3 e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés,
  Tiago 2:5 Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?
  Tiago 2:6 Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais?
  Apocalipse 2:9 Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.
  Apocalipse 3:17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
  Apocalipse 13:16 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre